LETTER TO HERMANN
Por favor, me mate, me mate! Me altere e me destrua. Menstrue em minha cara de cavalo o último pedaço da sua glândula pineal atrofiada sfincter e me jogue pela vidraça do 3º andar do seu apartamento de acrílico, adquirido com tanto amor e sacrifício através do SFH pelo orifício do seu dom Barreto pelo Espírito Santo de porco Art Deco xampu Sattiva son decompóinsição de corpos delirantes e póin! póin! Enfie a língua esguia do seu rabo púrpura nos meus ouvidos sujos de tanta lama e luxúria logus antes que tudo desapareça e se transforme em rastros de lesmas e prantos rebeldes e vespertinos no canto lúgubre, atrás das cortinas da sua sala de estar repleta de antibióticos, ácaros e aracnídeos gotejantes, escorrendo pelas paredes frias de mármore cravejadas de tanto pensar sobre o papel crepom Machado de Assis e sangue latino. Só não me jogue novamente escada abaixo. Eu que queria tanto ser como um cristal líquido, como borboletas e As pedras que rolam sozinhas no mesmo lugar. Mas, podes crê, agora sou um texto adulto, com barba na cara - é certo que por fazer, he he (mas onde mais poderia haver barba?) Só não me controle mais com esses relógios, por favor... Quarks! Pare, por favor! Isso dói! Póin! póin! alpiste ciprestes bed trip grafitti humpf humpf...
A RESPOSTA
Não quero que, por tudo isso, penses que eu seja apenas mais um sujeito bacana e bem intencionado. Não sou também um homem bíblico, ou um bibleman, um trogloboy, um Nanico Fidenco cheio de areia no saco, ou um bibelow Libelu de blue jeans surrado e desbotado nas coxas, cansado da vida, razão de não ser mais que uma pilha alcalina vencida, perdido na multidão, jogado entre os destroços nucleares dispensados por algum submarino de uma dessas ex-repúblicas da extinta URSS ula ula Andrews jogue EEUU egocêntricos fumando às escondidas charutos de palha adquiridos em Havana, sem tragar para não engasgar a humanidade, que se rala o tempo todo nas montanhas russas de algum Hoppi Hari ou no Tibet nessa Terra Oca, só por que sofrer é de graça, só por que nós, trabalhadores, não temos sequer US$ no câmbio negro dos seus Rolls-Royce movidos à gasolina azul e carrapatos estrela, mas, apenas, a moedinha nº 1 do Tio Patinhas, trancada a sete chaves em nossos armários de vidro, protegida por soldadinhos de chumbo da Guerra do Kosovo, do Golfo, das Malvinas, ou mesmo do Afeganistão dEus não sabia de nada disso até você escrever essa carta maldita, e também não foi nenhum cara pálida legal quando esteve sozinho no Monte das Oliveiras, andando de pedalinho no bosque, após ter criado todo esse Caos, essa co-função em que estamos metidos e, ainda por cima, nos cobram dízimos e impostos, para que vocês tenham fé e se sintam também responsáveis como eu. Mas voxês goxtam Dele assim mesmo, não é? E asi mesmo acho tudo isso muito simiesco e interessante, ou mesmo circense. Por isso, todas as manhãs, antes de levantar-me, agarrados ao meu travesseiro, também choro desafinadamente, ao lado de todos vocês, duas pequeninas lágrimas com sabor de vinagre, esfregando meus olhos petrificados, ouvindo os sinos tossindo na garganta surda da sua Catedral da Sé sem pele, avalon matt cheiro de coxa de frango queimada dona Leda vive abotoando o botão pendurado da sua blusa de lã, procurando um jeito de conversar com alguém fiat palio weekend volkswagen polo sobre suas dificuldades neste mundo sem tempo para nem porque sim, nem por que há roupas no varal a serem por ela recolhidas e levar para estender sobre a cama as calças e as meias cuecas absurdas de sua vida sem sentido cheia de chulé e o corpo primário depois que o pensamento se for, levando as chaves para dentro da escuridão da sua braguilha branca e as peças pretas depois que as amarelas com Omo, e assim pôr diante de mim seu retrato saturado de tantas injustiças sociais.
Por isso, na terça, ou na quinta, não se esqueça, não teça críticas às estruturas hierárquicas no seio da Gestapo com seus dedos moles, nem lave as larvas que saem das bocas de sapo, que o senhor, disfarçadamente, colocou para tomar sol, naqueles vasos, no parapeito da sua janela. Melhor que o senhor lave seus amigos bundas com Aquatabs e não diga, nunca mais, essa palavra “jóinha” perante o nosso tribunal de exceção, vestindo essa cuequinha de cetim vermelha, suja de graxa. Seu nome é Joseph, não é? O meu é Joe, Joe Macarroni, sacou? Então, proteja-se com o seu creme dental preferido porque, a qualquer momento, nós podemos entrar na sua vida privada com cães farejadores e contra-atacar suas idéias com estas pistolinhas prateadas de Buck Rogers (diz, erguendo a arma), por que eu não suporto alguém do seu tamanho falando descaradamente tanta besteira tão perto de mim, bem embaixo do meu nariz de verniz, espalhando o pó dos meus ombros.
Semana que vem, o Dr. Quincas Borba Gato voltará do além mar trazendo duas lanterninhas à pilha e aviõezinhos de papel e aquela merda de creme de minhoca para envenenar as carpas japonesas do seu aquário. Agora caia fora.
Por isso, na terça, ou na quinta, não se esqueça, não teça críticas às estruturas hierárquicas no seio da Gestapo com seus dedos moles, nem lave as larvas que saem das bocas de sapo, que o senhor, disfarçadamente, colocou para tomar sol, naqueles vasos, no parapeito da sua janela. Melhor que o senhor lave seus amigos bundas com Aquatabs e não diga, nunca mais, essa palavra “jóinha” perante o nosso tribunal de exceção, vestindo essa cuequinha de cetim vermelha, suja de graxa. Seu nome é Joseph, não é? O meu é Joe, Joe Macarroni, sacou? Então, proteja-se com o seu creme dental preferido porque, a qualquer momento, nós podemos entrar na sua vida privada com cães farejadores e contra-atacar suas idéias com estas pistolinhas prateadas de Buck Rogers (diz, erguendo a arma), por que eu não suporto alguém do seu tamanho falando descaradamente tanta besteira tão perto de mim, bem embaixo do meu nariz de verniz, espalhando o pó dos meus ombros.
Semana que vem, o Dr. Quincas Borba Gato voltará do além mar trazendo duas lanterninhas à pilha e aviõezinhos de papel e aquela merda de creme de minhoca para envenenar as carpas japonesas do seu aquário. Agora caia fora.
Há algumas décadas, acreditava-se que a glândula pineal fosse um órgão vestigial (assim como o apêndice vermiforme em humanos), sem função atual. No entanto, mesmo órgãos vestigiais podem apresentar alguma função, ocasionalmente diferente da função do órgão do qual se originou. Aaron Lerner e colegas da Universidade de Yale descobriram que amelatonina está presente em altas concentrações na pineal.[9] A melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela luz.[10]
A retina detecta a luz, sinalizando a informação para o núcleo supraquiasmático. Fibras neuronais que se projetam deste para os núcleos paraventriculares, que transmitem os sinais circadianos para a medula espinhal e via sistema simpático para os gânglios cervicais posteriores, e destes para a glândula pineal.